Dirk e o Rolf não eram de conversas longas, mas nas poucas palavras que trocavam, pai e filho foram sublimando o futuro da Niepoort. Apesar de às vezes as suas visões serem antagónicas, Dirk lembra que Rolf sempre o deixou experimentar e fazer muita coisa.
Imbuído desta confiança, Dirk convenceu o pai a comprar as quintas de Nápoles e do Carril, no final dos anos 80, plantando 15 hectares de vinha nova e cuidando de vinhas sexagenárias. Esse momento foi verdadeiramente revolucionário para a história da Niepoort, que começou a fazer os seus primeiros vinhos não fortificados. Se no início Rolf torceu o nariz a criações como o Robustus ou o Redoma – chegando inclusivamente a provocar o filho ao preferir a cerveja aos seus tintos – mais tarde, já na viragem do século, veio-lhe a dar mérito.
Hoje Dirk continua a inovar sem medo, olhando para trás, para o que os sábios anciões do Douro faziam, para poder evoluir com maturidade, sempre agarrado à convicção de que o Douro é das melhores regiões vitivinícolas do mundo e que Portugal é com uma oferta fantástica e inigualável